Paiva Studio

20 Princípios do Design Gráfico

Há sempre muito o que aprender, fazer e considerar quando você é um iniciante – sem contar que a tecnologia está em constante evolução; novos softwares são lançados, e novas tendências chegam como torpedos. Verdade seja dita, isso tudo pode sobrecarregar você.

Por isso, vamos diminuir um pouco o ritmo. Este artigo vai apresentar 20 princípios do design que, espero, vão colocar você em uma posição de vantagem neste ambiente criativo.

01. Linha

Tenho certeza de que todos sabem o que são linhas, mas só para garantir, linhas podem ser definidas, no geral, como traços lineares. Então, se você parar para pensar, quase tudo é constituído por linhas. Até mesmo estas palavras que você está lendo agora são feitas por milhares de linhas curvas, anguladas e retas.

Linhas podem canalizar certas ideias. As retas podem evocar ordem e clareza; onduladas podem criar movimento; e as linhas em ziguezague podem implicar tensão ou entusiasmo.

Uma técnica muito aplicada na fotografia é o uso de linhas de orientação, que fazem exatamente o que afirmam – orientam o olhar. Os atos de identificar e enfatizar linhas de orientação em sua obra permitem que você direcione o olhar do observador por todo o design, ou para certas partes dele.

Vamos analisar um exemplo de linhas de orientação em web design. O site abaixo tem um grid diagonal bacana, com linhas de orientação acentuadas, que levam o observador de seção a seção, em um movimento de ziguezague, até o fim da página.

Design do website PRA

Um uso marcante da linha é uma ótima maneira de estilizar suas ilustrações. Confira abaixo o guia visual com ilustrações de Ksenia Stavrøva para a marca de roupas SNDCT. Por conta do uso de linhas brancas e simples para criar cada ilustração, o design como um todo demonstra coesão e possui estilo reconhecível. Considere a possibilidade de enfatizar o uso da linha nas ilustrações para criar um efeito interessante.

Cartazes para SNDCT por Ksenia Stavrøva
Cartazes para SNDCT por Ksenia Stavrøva

Linhas são elementos gráficos versáteis, simples e eficazes, que você, certamente, não deve subestimar! Experimente utilizá-las hoje e veja as coisas bacanas que elas podem fazer pelo seu design!

02. Escala

Escala é uma parte importante do design. Definindo de maneira bem simples, escala é o tamanho deliberadamente adotado em elementos individuais.

A escala pode nos ajudar a entender designs e imagens. Imagine se você fosse desenhar um rato ao lado de um elefante; você, provavelmente, desenharia o rato muito menor que o elefante – o que ajudaria os observadores a entender, instantaneamente, seu desenho.

Dessa forma, a escala nos ajuda a entender as coisas. Porém, a escala nem sempre precisa ser baseada no realismo. Você pode fazer com que o elefante seja incrivelmente maior ou menor para criar um efeito surpreendente e indicar quais partes do seu design são mais e menos importantes.

Por exemplo, dê uma olhada neste cartaz de Gabz Grzegorz Domaradzki⁠ para o filme Drive. Nele, o personagem principal foi ampliado dramaticamente, chamando a atenção para ele em primeiro lugar e para os outros rostos em segundo lugar.

Embora essa escala não seja tecnicamente baseada em realismo – pois os rostos das pessoas são, geralmente, do mesmo tamanho na vida real (e Ryan Gosling não é, até onde sei, gigante) –, o aumento e a diminuição exagerados dos rostos ajudam os observadores a entenderem, rapidamente, o nível de importância de cada personagem do filme, o que torna esse design eficaz.

Essa maneira de dimensionar elementos para sinalizar importância é, geralmente, chamada de hierarquia – sobre a qual discutiremos, em detalhes, mais adiante, não se preocupe! Mas por agora, vamos ver um exemplo que usa escala para demonstrar importância.

Esta publicação da The Consult aumenta, substancialmente, o tamanho de certas estatísticas, informações e números, a fim de destacar esses dados.

Labour Market Intelligence por The Consult

03. Cor

Eu sei que não preciso explicar como a cor é importante para o design, mas vou fazer isso de qualquer maneira. Cor é primordial. Ela cria humores específicos, climas e canaliza emoções – e cada tonalidade possui conotações específicas associadas a ela. Em suma, a cor pode determinar o sucesso ou o fracasso do seu design.

Vejamos dois exemplos de branding. No primeiro exemplo, temos um design da Smack Bang Designs para o serviço feminino de rejuvenescimento da pele Lite Luxe. Este design optou por cores claras, suaves e em tom pastel: branco, cinza-claro, tons suaves de rosa e cor acobreada/dourada. Essas cores escolhidas se complementam de maneira suave para criar um design calmo, elegante e feminino.

Lite Luxe por Smack Band Designs

No segundo exemplo, temos o branding da marca de sucos Frooti criado pela agência Sagmeister & Walsh⁠. Ao contrário do exemplo anterior, que escolheu uma paleta suave, esta marca escolheu uma paleta de cores de forte contraste, criando um design muito mais vibrante, enérgico e divertido.

Rebrand da Marca Frooti por Sagmeister & Walsh

O princípio da cor não se limita ao branding; a cor permeia tudo, até mesmo a fotografia. Filtros e ajustadores de imagem nos dão a capacidade ilimitada de regular as cores e os tons das nossas fotografias.

Você está desenvolvendo um cartaz elegante e sofisticado? Que tal utilizar um filtro monocromático, de inspiração noir, sobre sua imagem, como o filtro Street do Canva? Ou talvez você esteja tentando conquistar um visual cheio de leveza? Neste caso, considere diminuir um pouco o contraste de sua imagem para torná-la mais calma e suave.

04. Repetição

Pense em qualquer marca de grande nome, Coca-Cola, Google, Apple, Nike; tenho certeza de que você pode visualizar os logotipos dessas empresas em sua mente, suas paletas de cores e o tom de voz que cada marca utiliza. Por que é tão fácil lembrar de todas essas coisas? Sim, você adivinhou, por conta da repetição.

A repetição é um elemento crucial quando se fala em design de branding, tanto para manter a consistência da marca quanto para conectar seus produtos.

Vamos dar uma olhada em um exemplo de branding criado porMichelle Wang. Como você pode ver, a identidade visual adotada usa uma paleta de cores e uma aplicação de logotipo consistentes – até o espaçamento das margens é consistente.

A repetição é uma peça-chave do branding, mas também pode criar lindos designs avulsos. Por exemplo, a repetição é um ingrediente fundamental quando se trata de estampas e texturas.

Confira este pacote de design por Nastya Chamkina, que usa repetição para criar belas estampas. As estampas não precisam ser monótonas e floridas como aquelas cortinas velhas; elas podem ser divertidas e eficazes. Que tal, então, inserir um padrão de estampas em seu próximo design?

Teatul por Nastya Chamkina

Quer mais inspirações iguais ao branding abaixo? Então não deixe de conferir os modelos de design do Canva⁠!

Xoclad por Anagrama

05. Espaço negativo

Resumidamente, o espaço negativo é aquele entre duas formas; a área entre ou em torno de outros elementos que forma um desenho próprio.

O rei do espaço negativo foi o artista M.C. Escher, de quem você, certamente, já viu o trabalho e se surpreendeu. Escher fez uma série de tesselações focada em uma forma que origina outra através de espaços negativo e positivo, como nesta impressão em madeira chamada de Sky & Water I.

Sky & Water I por MC Escher

Viu como Escher usou o espaço entre os pássaros para criar a forma do peixe? Esse é um exemplo de espaço negativo – leva em conta tudo o que está ao redor do design físico, e entre ele, a fim de manipular esse espaço para gerar algo novo.

O espaço negativo, quando usado estrategicamente e claramente, pode ajudar a criar designs realmente impressionantes e inteligentes. Dê uma olhada nestes ícones de animais criados por George Bokhua. Ele usa formas simples e puras para criar representações claras de animais.

Animal Graphics por George Bokhua

06. Simetria

Os seres humanos são atraídos por simetria, e isso foi comprovado cientificamente. Geralmente, achamos rostos, estampas e designs simétricos mais atraentes, eficientes e belos.

A simetria é muito usada em logotipos, a fim de criar um design harmonioso e equilibrado. Alguns exemplos de marcas famosas com logotipos simétricos são Target, McDonald’s, Chanel, Starbucks etc.

Claro que simetria não é uma opção para todos os tipos de design, e nem deveria ser. Há uma linha tênue que separa um design que parece simétrico e equilibrado de um design que parece que um lado foi copiado, virado e colado no outro lado. Então, em vez de tentar conquistar uma simetria perfeita, tente introduzir, sutilmente, elementos simétricos em seu design.

Por exemplo, este convite de casamento usa um alto grau de simetria, mas um lado não é a cópia exata do outro. O design optou por adequar as ilustrações, de maneira sutil, ao texto e à mensagem. Assim, o design se mantém simetricamente equilibrado e ordenado, sem que um lado seja o reflexo exato do outro, criando um design delicado, romântico e harmonioso.

Convite de casamento de Jarrid & Laura por Nate Koehler

A simetria, além disso, nem sempre é óbvia. Às vezes, é sutil. Às vezes, você nem a percebe. Um exemplo clássico de simetria invisível se encontra no design editorial, nos campos de texto mais especificamente. Abra uma revista qualquer e, provavelmente, você vai notar a página dividida em colunas de texto nas seções com artigos mais longos, e essas colunas, geralmente, são simétricas em tamanho, para manter o texto legível, limpo e visualmente atraente.

Veja este design de página dupla de um relatório anual criado por Brighten the Corners e Anish Kapoor⁠. Ele chama a atenção pela simetria das colunas de texto nas duas páginas.

Relatório Anual da Zumtobel por Brighten the Corners e Anish Kapoor

Usando um pouco de simetria em seu layout, você pode criar uma sensação de equilíbrio e ordem. Então, da próxima vez que você estiver criando um design editorial ou um design com muitos textos, preste atenção na simetria. Se o seu design estiver meio estranho, brinque com a simetria, tornando-a mais ou menos acentuada.

07. Transparência

Às vezes também chamada de opacidade, a transparência tem a ver com a translucidez do elemento. Quanto menor a opacidade, mais suave e menos perceptível é o elemento, e quanto maior a opacidade, mais sólido é o elemento.

Vejamos um exemplo que usa transparência. Este cartaz impressionante, criado por Jack Crossing, sobrepõe várias formas de diferentes cores, tamanhos e opacidades para criar um desenho belíssimo. Brincar com efeitos de transparência permite a você enfatizar camadas e formas de um jeito único e surpreendente.

Cartaz Promocional 2008 da DME por Jack Crossing

Transparência é também uma ótima técnica para criar movimento em imagens estáticas. Por exemplo, dê uma olhada neste cartaz criado por Filippo Baraccani⁠, Mikko Gärtner eLorenz Potthast. Ele sobrepõe várias imagens com diferentes níveis de transparência para criar um efeito cativante e um senso de movimento.

Universidade de Artes de Bremen por Filippo Baraccani, Mikko Gärtner e Lorenz Potthast.

A transparência não se limita ao desenho gráfico digital. Confira como este convite para o Museu de Vidro de Nova York foi, adequadamente, impresso em vidro transparente, dando ao design um efeito único e envolvente. Considere em quais suportes seu design vai ser impresso, qual a opacidade e o acabamento que eles podem ter e não sinta medo de soltar sua imaginação.

08. Textura

Designs limpos, bem definidos e lisos podem ser incríveis. Porém, às vezes, deixá-los um pouco mais rústicos, com ajuda da textura, pode ser ainda melhor. A textura proporciona tatilidade e profundidade, bem como adiciona alguns efeitos interessantes ao seu design.

Porém, assim como tudo na vida, certifique-se de usar esta técnica com moderação, pois muitas texturas podem sobrecarregar o seu design. Lembre-se: há uma linha tênue que separa o aspecto rudimentar chique do rudimentar real.

Percebeu como o excesso de textura pode criar um efeito lodoso? Quanto mais texturas, mais difícil fica visualizar palavras e outros elementos sem ajuda de contornos.

Obviamente, se você estiver em busca de um estilo mais lodoso, camadas de textura podem funcionar para você. Porém, se você estiver buscando uma maneira de incorporar textura com mais sutileza, fique atento.

Vamos dar uma olhada em um exemplo que usa textura com a finalidade de otimizar o design. Este belo design tipográfico de Dan Cassaro cria um efeito vintage utilizando texturas. Note que o uso da textura não distrai, e sim otimiza o design como um todo, oferecendo um visual mais artesanal e vintage.

Ever Upward por Dan Cassaro

Dê uma olhada no design deste cartão de visita feito pela Inkdot⁠ para a Foremost Wine Company. Ele usa a textura de uma maneira totalmente diferente, gravando a textura de inspiração topográfica no próprio cartão de visita. Ao considerar a textura e a forma como o design é percebido através do tato, você pode criar uma obra memorável que, certamente, vai se destacar.

Cartão de Visita da Foremost Wine Co

09. Balanço

Balanço é algo muito importante na vida, e igualmente importante no mundo do design.

Uma maneira de dominar o tema é imaginar que cada elemento tem um peso. De caixas de texto a imagens e blocos de cor, considere o tamanho, a forma e o peso que cada um deles tem em relação a outros elementos da página.

Uma boa técnica para avaliar o balanço é imaginar o que aconteceria com seu design se ele fosse impresso em 3D. Ficaria em pé ou penderia para um lado?

Confira este logotipo de gato, criado por George Bokhua, que é equilibrado de maneira bela. Se fosse impresso, ele ficaria, possivelmente, em pé.

Line Cat por George Bokhua

Um tipo de balanço é o equilíbrio assimétrico, que é menos sobre fazer com que as partes direita e esquerda/superior e inferior sejam iguais e mais sobre distribuir, dimensionar e alinhar os elementos, a fim de que seus pesos sejam harmônicos. Vejamos um exemplo.

Esta obra vibrante usa escala e distribuição inteligente de elementos para equilibrar o design. Note como o design consegue se equilibrar como um todo (direita e esquerda, topo e base) através das dimensões dos elementos, utilizando o conjunto de imagens e de letras.

What’s Your Graphic Design Personality?

10. Hierarquia

Hierarquia em design é muito semelhante à hierarquia na cultura, pois ambos são construídos com base em ideias similares. No topo de uma escala hierárquica, temos as coisas mais importantes, os reis. Esses elementos devem ser “vestidos” de modo mais extravagante e demandam mais atenção.

Confira estes exemplos da A2 Magazine⁠, que mostram três formas diferentes de indicar a importância do seu título – dos exemplos mais sutis aos mais extravagantes. Seja qual for a sua escolha, certifique-se de que os consumidores podem, instantaneamente, identificar o título sem esforço.

A2 Magazine. Edição 1

No patamar seguinte da hierarquia, temos os nobres, elementos que são importantes, mas não demandam atenção tanto quanto os reis. São coisas como subtítulos, citações, informações adicionais. Certifique-se de mantê-los atraentes e visíveis, mas não tão visíveis quanto os títulos.

Confira este convite feito por Southern Fried Paper⁠. Note como a data (uma parte importante deste cartão) está em tamanho grande, em negrito e mais visível que o texto abaixo dele. Porém, não se sobressai ao título: Audrey and Grant.

Audrey and Grant por Southern Fried Paper

E no último patamar da escala hierárquica estão os camponeses, os elementos humildes do seu design, que recebem menos atenção visual, tais como corpo do texto, informações menos importantes, links etc.

Dê uma olhada neste cartaz do The Night Market, criado por Mary Galloway. Você pode, facilmente, identificar o título, o subtítulo, a data e, logo abaixo, letras menores com informações adicionais, que não são tão cruciais para a comunicação.

The Night Market por Mary Galloway

Claro, a hierarquia não é apenas limitada à tipologia. Imagens também têm hierarquia; basta lembrar do balanço. Os elementos maiores, mais coloridos ou mais centrais de seu design estão em um nível de hierarquia superior em relação aos elementos menores, mais monótonos e menos detalhados.

11. Contraste

O contraste é, muitas vezes, o ingrediente mágico para fazer com que seus designs se sobressaiam, que é uma demanda (por vezes frustrante) de muitos clientes.

Definindo de modo bem simples, contraste é o nível de diferença entre dois elementos do seu design.

Algumas formas comuns de contraste são escuro vs. claro, fino vs. grosso, grande vs. pequeno etc.

O contraste também tem um grande efeito sobre a legibilidade. É por isso que você vê romances e outras publicações impressas como texto preto sobre um fundo branco. Imagine se eles imprimissem usando um texto cinza-claro sobre um fundo branco? O contraste seria menor, e a leitura se tornaria difícil. Por isso, se você estiver usando tipologia, certifique-se de intensificar o contraste.

Por exemplo, dê uma olhada neste cartaz de Jonathan Correira; perceba como há um contraste adequado entre a tipologia e a imagem. Como a imagem está dividida ao meio, um lado sendo predominantemente verde e o outro cinza-escuro, as cores usadas na tipologia ajustam-se para garantir legibilidade em ambos os lados.

Imagine se o termo “New York” tivesse a mesma cor do termo “Bike Expo”; o contraste seria bem menor, e seria mais difícil de ler.

Bike Expo New York por Jonathan Correira

Um outro grande exemplo de design com bastante contraste é a obra de Robbie Cobb, que não apenas contrasta escuro e claro, mas também grosso e fino, para atingir um design impactante e atraente.

One por Robbie Cobb

O contraste não é apenas um elemento estilístico ou algo que torna o design legível. Ele também pode ser usado para, visualmente, chamar a atenção para certos elementos do projeto. Essa técnica é muito usada no design de websites. Vejamos o exemplo da landing page da Audible.

Audible

Veja como o design dessa landing page escureceu e emudeceu a imagem, a fim de criar contraste entre o botão e o fundo da página. Esse contraste deliberado ajuda a chamar a atenção para o principal call to action (vinculado à página de inscrição).

Então use contraste para fazer com que seus designs sobressaiam visualmente, atraindo atenção para certos elementos.

12. Enquadramento

Assim como você faz com suas fotografias e obras de arte, enquadrar corretamente seus designs é importante. Costumamos pensar em enquadramento quando se trata de fotografia – o que deve ser incluído, excluído etc. Mas o enquadramento é igualmente importante no design.

Enquadramentos físicos, como molduras para texto e elementos gráficos, podem aprimorar ou destacar componentes específicos do seu design.

Por exemplo, vamos dar uma olhada neste design de menu criado por Trevor Finnegan⁠, que escolheu emoldurar uma das comidas especiais e a missão do negócio, a fim de chamar a atenção para esses dois elementos que, possivelmente, passariam despercebidos pelos olhos se não fossem enquadrados. Essa maneira simples de destacar certos elementos do seu design pode gerar um grande impacto.

Joey’s Coffee por Trevor Finnegan

Enquadramentos não precisam ser gráficos. Se você estiver trabalhando com elementos fotográficos, por que não os utilizar para enquadrar seus designs? Assim, é possível chamar a atenção para a obra através do enquadramento, bem como direcionar o olhar para as partes que realmente importam.

Design de Cartaz por MyDesy

13. Grid

Imagine o grid como o alicerce de uma casa – é o primeiro passo para a criação de um produto funcional e bonito. Ele indica ao construtor/designer onde certos elementos devem ser colocados, o que deve alinhar com o que, bem como fornece um panorama geral para a construção.

Grids são componentes importantes e (geralmente) invisíveis de quase todos os designs. Eles possuem um certo número de linhas e colunas que ajudam no alinhamento dos elementos. Grids podem ajudar a manter seu conteúdo em ordem, limpo, legível e com boa aparência.

Vejamos alguns exemplos de diferentes sistemas de grid.

Grid de cinco colunas via Magazine Designing

Esse exemplo, criado por Nikola do Magazine Designing, mostra um design com um grid de cinco colunas. Note como alguns elementos são contidos em uma coluna, enquanto que outros se estendem por duas ou três colunas – e, mesmo assim, o design como um todo parece limpo, organizado e bem alinhado.

Para obter mais flexibilidade, considere adicionar mais colunas, como no exemplo abaixo.

Grid de doze colunas via Magazine Designing

Usando mais um exemplo criado por Nikola do Magazine Designing, essa imagem mostra como um grid de doze colunas pode dar a você bastante flexibilidade para alinhar os elementos. Novamente, note como alguns elementos abrangem várias colunas, enquanto que outros estão contidos em apenas duas. Não considere seu grid como um conjunto de espaços que você deve colorir, e sim como um conjunto de diretrizes que ajudam a criar um design deslumbrante.

Então, encontre um grid que se adapte bem a você e a seu design e mãos à obra.

Agora que estabelecemos o que é um grid, com o que ele se parece e como funciona, vejamos alguns exemplos do mundo real de grids no design. Confira o exemplo abaixo, criado por Matt Willey⁠, e tente descobrir quantas colunas ele usou no grid deste design.

YouCanNowMagazine por Matt Willey

Você estimou três? Talvez seis? De um jeito ou de outro, esse exemplo possui um sistema de grid identificável e claro, criando um design impactante, organizado e atraente.

Grids são flexíveis, adaptáveis e de grande ajuda; então considere usar um grid no seu próximo design e descubra o que ele pode fazer por você!

14. Aleatoriedade

Até agora, estávamos pregando alinhamento e ordem. Porém, o que dizer dos designs mais orgânicos, brutos e aleatórios? Aleatoriedade desempenha um papel importante no design. Porém, não qualquer aleatoriedade, e sim um tipo específico. Vamos chamá-lo de aleatoriedade de design.

A diferença entre aleatoriedade de design e outras formas de aleatoriedade reside no objetivo e na execução. Com o design, seu principal objetivo é comunicar. O que a obra precisa dizer ao consumidor? Está dizendo isso de maneira clara? Como posso fazer para que a comunicação se torne mais efetiva?

Por exemplo, vamos dar uma olhada em um design que usa tipologia de uma maneira que poderia ser, facilmente, considerada aleatória, mas que possui objetivo e intenção. Este cartaz feito por Heath Killen para o filme The Killer Inside Me usa, basicamente, uma tipologia com ranhuras feita à mão; no lugar de usar fontes comuns, as letras e as palavras são divididas e espaçadas de maneira irregular.

Para filme (14/18) por Heath Killen

Essa obra sobrepõe camadas da tipologia feita à mão, posicionando as palavras de uma maneira bem aleatória, que algumas pessoas diriam que dificulta a leitura. Porém, isso foi feito intencionalmente – a intenção foi representar uma psique confusa e distorcida.

Aqui reside, então, a diferença entre aleatoriedade e aleatoriedade de design. Se esse design fosse usado em um cartaz para um filme infantil sobre animais falantes e alegres, pareceria aleatório e não comunicaria o desejado. Mas, nesse caso, o design aleatório comunica o tema do filme perfeitamente.

Dê também uma olhada neste design de Laura Berglund⁠, que usa aleatoriedade para criar um efeito orgânico e de colagem. Embora a obra pareça ter sido feita de qualquer maneira, conquistando, instantaneamente, uma aparência estilosa, áspera e desalinhada, observe melhor e note quantas convenções de design ela realmente usa.

Seed por Laura Berglund

Veja como cada elemento foi, na verdade, estrategicamente posicionado, linhas de orientação foram inseridas para guiar os olhos, e há um equilíbrio criterioso de cor, textura e fotografia.

Dê uma olhada neste design de Juan Camilo Corredor. Ele optou por representar a aleatoriedade através de formas estranhas, texturas e ilustrações, todas cortadas de maneira incomum e organizadas de um modo interessante.

Indicadores por Juan Camilo Corredor

Esse design parece aleatório, mas se você dissecar os elementos, vai notar que certas partes do design foram alinhadas (a forma azul localizada na parte inferior esquerda se alinha perfeitamente com a forma verde ao lado dela etc.), o layout ajuda o olhar a fluir pela página e há, até mesmo, algumas coisas sugerindo a utilização de grid no trabalho.

O fato é que as coisas não precisam ser organizadas e ordenadas para serem classificadas de designRepresentar aleatoriedade e brincar com alguns designs avant garde pode ser eficiente e muito divertido.

Inspire-se no livro de Juan Camilo Corredor e redimensione elementos de maneira estranha, insira a cauda de um “a”, corte uma cabeça de galinha – mas tente fazer tudo isso estando ciente das convenções de design e do seu propósito geral.

15. Direção

Um importante aspecto de muitos designs é a direção que os olhos percorrem – às vezes, chamada de fluxo. Como seus olhos movem-se pela página? Seus leitores sabem exatamente para onde olhar em seguida? Essa direção percorrida pelos olhos é lógica?

Estudos dissecaram a natureza exata dos hábitos relacionados aos movimentos dos nossos olhos, e os padrões criados por eles ao observar coisas específicas. Dê uma olhada neste estudo de rastreamento da visão do Nielsen Norman Group, que rastreou os olhos das pessoas durante a visualização de páginas de internet para verificar o padrão de consumo. Veja o resultado do mapa de leitura abaixo.

Padrão de leitura F de conteúdo web via Nielsen Norman Group

Os estudos provaram que um padrão comum que os olhos traçam é a forma “E” ou “F” quando se trata de páginas de internet. Ou seja, inserir seu conteúdo principal no lado esquerdo superior da página (ou na região superior) é a melhor pedida. Outro padrão comum que os olhos traçam é a forma “Z”, como indicado abaixo.

Diagrama em Z via Tuts+

Em geral, a ideia é que os olhos movem-se, naturalmente, do canto superior esquerdo ao canto inferior direito, em um movimento de varredura. Essa teoria é melhor explicada através do diagrama de Gutenberg, e você pode ler sobre os detalhes dessa teoria clicando aqui⁠.

No entanto, em vez de criar seu design 100% com base nesses padrões, tente adaptar o fluxo e a direção conforme o caso. Você só precisa manter em mente que os olhos são atraídos para a parte superior esquerda de uma página e, a partir daí, percorrem um caminho para baixo.

Vamos dar uma olhada em um exemplo que usa direção de uma maneira distinta e eficiente.

Este design do Atelier Martino&Jaña direciona os olhos de uma maneira muito fluida, orgânica, tecendo o texto ao longo das curvas e formas da imagem. O título e a data se destacam primeiro (graças ao uso da hierarquia) e, a partir daí, nossos olhos deixam-se fluir pela imagem enquanto lemos as informações e assimilamos a foto.

Guimarães JAZZ 2009 por Atelier Martino&Jaña

Então, resumindo, o fluxo e a direção do design encorajam os observadores a lerem e consumirem o texto ao mesmo tempo em que assimilam a imagem.

16. Regras

Essa, certamente, é uma questão que pode suscitar debates e dividir a opinião dos designers – metade proclamando que não há regras no design, e outra metade manifestando que há muitas regras. E, tecnicamente, ambos os lados estão corretos.

Como qualquer habilidade, há coisas que você precisa aprender, e tais coisas possuem regras gerais. Por exemplo: certifique-se de que a tipologia é legível, aprenda a espaçar letras, não use imagens pixeladas etc. Esses são os fundamentos do design, coisas que ajudam a criar um design básico.

Mas como muitos argumentam, após aprender essas regras, é definitivamente hora de quebrá-las.

Vejamos um exemplo que, deliberadamente, quebra as regras de maneira grandiosa. Este cartaz de Shahir Zag quebra algumas regras tipográficas para fazer uma piada (muito verdadeira).

How to Piss Off Your Designer Friend por Shahir Zag

Outro exemplo de quebra de regras que você vai, certamente, encontrar durante sua jornada pelo mundo do design é David Carson. Carson atuou como designer grunge vanguardista para publicações como Ray Gun Magazine, revista para a qual ele produziu designs editoriais chocantes, dinâmicos e desafiadores, que são ainda admirados nos dias de hoje.

Um fato curioso sobre Carson diz respeito ao seu layout para uma entrevista com o músico Bryan Ferry. Depois de ler o conteúdo e achar a entrevista bastante enfadonha, Carson decidiu deixar toda a entrevista em Zapf Dingbats (uma fonte baseada em símbolos de Wingdings), tornando a matéria totalmente ilegível. Veja a página dupla abaixo.

Página Dupla para Ray Gun, 1994, por David Carson

A ideia principal de Carson sobre design era a seguinte: não confunda legibilidade com comunicação.

Carson e outros designers que quebram regras, geralmente escolhem comunicar diferentes ideias através da quebra de regras. O cartaz em estilo “enxaqueca” de Shahir Zag, sobre o qual discutimos anteriormente, quebra as regras para fazer piada, e as páginas de Carson quebram as regras para dizer algo sobre a entrevista.

Então mesmo tendo a legibilidade um pouco comprometida, a comunicação, definitivamente, não é comprometida.

O mundo do design tem espaço para regras e quebra de regras. Use do bom senso e aprenda o máximo possível, para que você quebre ou desafie as regras de maneira correta, criando, assim, algo memorável.

17. Movimento

Você já ouviu (ou viu) alguém descrever uma pintura ou obra de arte como tendo “muito movimento”? Em um primeiro momento, você pode ter ficado perplexo com a explicação – afinal, como uma imagem estática pode se mover? Porém, movimento é uma parte importante das artes visuais, incluindo o design gráfico.

Anteriormente, discutimos direção e fluxo, fatores que desempenham um papel importante no movimento do design. Se sua obra tiver uma boa fluidez de cima para baixo, da esquerda para a direito, do canto A para o canto B etc., ela vai se “movimentar” suavemente.

Mas e nos casos em que você quer proporcionar a um elemento um sentido literal de movimento? Talvez você tenha uma bola que queira mostrar em movimento, ou um carro que queira representar correndo na estrada. Há muitas maneiras de mostrar esses tipos de movimento, então vamos analisar alguns exemplos.

Em primeiro lugar, temos a transparência. Tocamos brevemente no assunto de como a transparência/opacidade pode proporcionar movimento ao seu design, mas vamos nos aprofundar um pouco mais no assunto.

Este exemplo de logo, criado por Vladimir Mirzoyan, possui camadas bem definidas e geométricas de várias opacidades para replicar o movimento das asas de um beija-flor. O simples efeito de sobrepor esses elementos cria um senso de movimento claro, inteligente e sofisticado.

Hummingbird por Vladimir Mirzoyan

Dentro da mesma proposta, veja este cartaz criado porAlan Clarke para as Olimpíadas de 2012. Sobrepondo camadas simples e com vários níveis de opacidade, ele cria um forte senso de aceleração e movimento.

Cycling por Alan Clarke

O movimento também pode ser alcançado através de um efeito de desfoque. Veja este exemplo que insere desfoque no design para criar movimento em um elemento de design tipicamente estático: a letra.

Este exemplo, uma capa de livro criada pelos designers alemães Anzinger, Wüschner, Rasp⁠, utiliza um intrigante desfoque nos cantos e nas extremidades da letra para criar uma ilusão de movimento.

A Novel por Daniel Kehlmann – Design de capa por Anzinger, Wüschner, Rasp

E, finalmente, o movimento também pode ser capturado através de linhas de movimento. Esse tipo de efeito é comum em histórias em quadrinhos e ilustrações, quando um personagem está correndo ou se movimentando rapidamente. Então, deixe o ilustrador de história em quadrinhos que mora dentro de você aflorar e tire o máximo de proveito das linhas de movimento. Vejamos um exemplo.

Este exemplo deMatt Chase usa linhas de movimento sutis na palavra “future” para indicar movimento. Um efeito sutil, porém eficiente, para dar ao design um pouco de dinâmica e indicar movimento.

Nothing Past, Nothing Future por Matt Chase

18. Profundidade

Profundidade é um princípio importante e empolgante no mundo do design. Mesmo utilizando uma mídia mais plana de comunicação, você é capaz de criar uma sensação de profundidade e a ilusão de que o seu design se expande para além da segunda dimensão.

Então, como criamos ilusão de profundidade em nossos designs? Há muitas técnicas que você pode usar para demonstrar profundidade em seu design, vamos dar uma olhada em algumas.

Em primeiro lugar, temos o que é, provavelmente, a técnica mais conhecida: sombreamento. As sombras podem ser complicadas de usar, pois nem sempre possuem formas lineares; às vezes, elas se esticam, dobram-se, deformam-se e se torcem. Então, uma boa técnica para explorar o uso das sombras é observá-las no mundo real, ver como a luz atinge os objetos em diferentes pontos, de modo a tentar replicar essas observações.

Vejamos um exemplo que mostra um uso efetivo de sombras para criar profundidade. Este cartaz para uma feira de livros, criado por Dominique Schmitz⁠, usa muitas sombras de maneiras diferentes e desafiadoras, mas muito realistas. Veja como cada sombra é apresentada de forma diferente, adequando-se a cada elemento. O realismo leva trabalho, mas a recompensa costuma valer a pena!

Design para Feira de Livros por Dominique Schmitz

Outra técnica é sobrepor certos elementos. Isso minimiza a aparência plana e faz com que as coisas pareçam mais dimensionais, colocadas em diferentes níveis. Confira este design de Fabian De Lange. Ele sobrepõe elementos ilustrativos, letras e elementos gráficos (a borda branca) para criar um visual em camadas, proporcionando bastante profundidade.

Mumbai por Fabian De Lange

Outra técnica é brincar com a perspectiva — o que proporciona aos elementos, muitas vezes, um efeito 3D. Ajustando a perspectiva de certos elementos, você pode dar a ilusão de levá-los para fora da página, criando uma profundidade instantânea. Vejamos um exemplo.

Este cartaz de inspiração eletrônica, criado por Neil Stevens⁠, vira cada letra um pouco para a direita, dando a elas formas e profundidades distintas. Esta maneira simples de ilustrar, sombrear e ajustar a perspectiva de cada elemento ajuda a criar um design dinâmico e envolvente.

Electronica por Neil Stevens

No outro extremo, há a redução da quantidade de profundidade no design. Esse é um estilo que tornou-se popular recentemente, geralmente chamado de design plano.

Uma conhecida usuária da técnica de design plano é a Apple. Em setembro de 2013, a Apple lançou um novo sistema operacional, com um pacote de mudanças de design que, basicamente, removeu o efeito bisel e as sombras que criavam a aparência de profundidade, substituindo tais efeitos por elementos (ícones, telas etc.) mais planos.

19. Tipografia

Tipografia é, indiscutivelmente, uma das bases mais importantes do design. A tipologia revela muitas coisas; e a maneira como você decide usá-la revela ainda mais.

Vejamos um exemplo de exibição tipográfica. Para aqueles que não estão familiarizados com o termo, a exibição tipográfica significa, basicamente, um design tipográfico mais estiloso e rebuscado. Por exemplo, um título de cartaz de filme, uma manchete de revista etc.

Confira estes designs de páginas duplas de Benjamin Bours. Cada página dupla possui seu título criado de forma complexa e eficaz. Esta tipografia vistosa e detalhada é exibição tipográfica na prática.

Páginas Duplas para a GQ por Benjamin Bours

Na sequência, temos um corpo de texto. É importante salientar que há um debate em curso entre aqueles que preferem o design com serifa e aqueles que preferem sem serifa no quesito legibilidade.

Então, qual é a resposta certa? Bem, vai da sua preferência e de cada situação, mas geralmente falando, o design com serifa é melhor para impressão, e o design sem serifa é melhor para a web. Deixe-me passar a palavra para este infográfico fantástico da UrbanFonts.

Após decidir entre design com ou sem serifa, vem a etapa mais minuciosa e, às vezes, que consome mais tempo: a configuração da tipologia.

No entanto, deixe-me compartilhar algumas palavras de sabedoria com você:

  • Adicione ou remova espaços entre as letras de seus títulos.
  • Assegure-se de que o corpo de seu texto não é muito grande nem muito pequeno para a mídia na qual ele será publicado.
  • Evite usar muitos tipos de letras de uma vez só.
  • O alinhamento à esquerda é mais fácil de ler quando se trata de tipologia grande.
  • Na dúvida, imprima; geralmente, você perceberá uma composição estranha mais facilmente ao visualizá-la em um papel.

Quando se trata de tipografia, outro obstáculo a enfrentar é a arte de combinar tipos de letras. Embora pareça fácil (às vezes, é), também pode ser um desafio. Vejamos um exemplo que combina bem os estilos de letras.

Este design de revista para a 99U Magazine usa apenas alguns tipos de letras, mas consegue combiná-las de várias maneiras. Resultado eficaz e elegante! Confira.

99U Magazine. Edição número 4

20. Composição

A composição é um bom ponto para encerrarmos este post, pois é a união de todos os outros princípios que discutimos.

Composição é o arranjo de elementos em seu design, o que parece um pouco maçante quando explicado dessa maneira, eu sei; mas na verdade, é um dos elementos mais divertidos do design. Através da composição, você pode brincar, experimentar e fazer um bom design parecer incrível.

Como mencionado, composição é, basicamente, onde todos os 19 elementos anteriores que discutimos se juntam. Você pode usar escala, repetição, tipografia, linha, aleatoriedade etc. para criar designs únicos, eficazes e apropriados.

Vejamos alguns designs e suas composições. No primeiro exemplo, temos uma newsletter criada para a J.Crew. Este design coloca o foco no “30”, usando escala e profundidade para realçá-lo. Ele também chama a atenção para o título, enquadrando o elemento e usando hierarquia – ao colocar o título no centro superior da página e ao tornar o número maior do que as palavras.

Anúncio da J.Crew

Essas são apenas algumas técnicas implementadas neste simples design. Observe como elas se juntam para criar um design forte, atraente e eficaz.

Aqui está outro exemplo aleatório – desta vez, um cartaz do Lab B Design Office. Este design usa técnicas e princípios de design similares ao anterior, mas produzindo um resultado muito diferente. O design usa escala e profundidade, variando as dimensões dos blocos de texto e colocando tais elementos ao redor e atrás da fotografia, a fim de criar profundidade. Ele também usa hierarquia intensamente, enquadra os textos em caixas e enquadra a imagem em textos.

His Master’s Voice por Lab B Design Office

De modo geral, ao usar diferentes combinações, técnicas e conteúdos, você é capaz de criar um infinito número de layouts.

É como aprender “dó, ré, mi”. Após o aprendizado, você pode realizar diferentes combinações de notas para criar qualquer tipo de música que você queira cantar.

Escala de Dó à parte, vamos dar uma olhada em algumas dicas e alguns truques para dominar o assunto. Aqui estão algumas coisas importantes que você deve considerar com relação à composição:

  • O design é equilibrado?
  • O design possui uma hierarquia?
  • Os olhos percorrem a página com facilidade e de modo lógico?
  • A mensagem principal está clara para seu público?

Conclusão

Design é um negócio complicado, cheio de princípios, truques e técnicas – alguns que você vai aprender com os outros, e outros que você vai ter de aprender por conta própria.

Seja cauteloso com cada “regra” sobre a qual você leu. Aplique as regras nas ocasiões que considerar apropriadas, e abandone tais regras sempre que não for apropriado. O design é um campo em constante evolução e mudança; cada situação é diferente, única e empolgante.

Porém, os iniciantes de plantão devem manter os 20 princípios em mente. Sempre que você estiver passeando, tome nota dos cartazes, menus e sinais que vê; tente identificar quais os princípios que eles usam, e como utilizam tais princípios. Desenvolva um “olho para o design” e mantenha um registro mental (ou físico) de maneiras interessantes de usar essas técnicas, armazenando as informações para utilizá-las quando for preciso.

Criado orgulhosamente por: Canvas.